"Pense num dia qualquer, e o subtraia, e veja que, sem ele, sua vida teria um rumo inteiramente diferente. Faça uma pausa, você que lê estas palavras, e, por um momento, pense na imensa corrente de ferro ou de ouro, de espinhos ou flores, que talvez jamais o tivesse encadeado, não fosse a formação do primeiro elo de um dia memorável." (Charles Dickens).

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Filme de fim de carreira

Todo mundo sabe que Arnold Schwarzenegger é um dos atores mais bem sucedidos dos últimos tempos. A lista de filmes da carreira do ator é enorme, e a maioria foi sucesso no cinema. Os filmes de ação protagonizados pelo ator então... são os melhores do gênero.

Mas, o último filme elencado pelo ator deixou muito a desejar. Não estamos falando de Exterminador do Futuro 5, que estreia apenas no final de junho. Estamos falando do pouco comentado “Maggie”, que tem data de lançamento prevista para julho, mas que já está disponível para download (por que será?).

Na sua vasta carreira de ator, Schwarzenegger já foi professor de creche (Um tira no jardim de infância), um pai de família (Um herói de brinquedo) e até já ficou grávido (Junior). Mas acho que ele nunca tinha enfrentado zumbis. Ou nunca tinha tido uma filha zumbi (não duvido que em algum filme de ação ele já não tenha lutado contra zumbis...).

“Maggie” é inovador na carreira do astro. Mas a temática já é clichê. E o filme é fraco. É aquela velha história: vírus, epidemia, mordida, transformação, zumbi. Só que, geralmente em filmes assim, o que prende as pessoas na tela é a ação, a luta contra esses monstros e o drama vivido pelas pessoas. Só que em “Maggie” não há nada disso. O filme lembrou o episódio mais chato de The Walking Dead.

A história toda se passa praticamente em uma fazenda. Maggie (Abigail Breslin), a filha de Wade (Schwarzenegger), já começa o filme com a mordida de zumbi  em um hospital. Ninguém sabe como ela foi parar lá e muito menos como foi mordida. Wade então a resgata e a leva para casa. Lá, ele passa a cuidar dela e, conforme os dias vão passando, ele vê a filha se transformar em zumbi (!?!?).

A epidemia zumbi é pouco relatada nessa história. Só algumas informações sobre uma quarentena, mas sem mais detalhes. Os personagens são fracos. Além de Wade e Maggie, aparecem também a madrasta de Maggie, alguns amigos, o médico da menina e alguns policiais que às vezes fazem uma visita para Wade, para saber como sua filha quase-zumbi está (!?!?).

Ah, e aparece o namoradinho de Maggie, que também está se transformando em zumbi. Rola até um beijo entre eles. Seria o primeiro beijo zumbi dos cinemas? Surreal! Eu não sei que diabos o Schwarzenegger está fazendo nesse filme!!!

Enfim, será que conto o final?

Bom, Maggie se transforma em zumbi.

O filme é sonolento demais, sem ação, sem cenários, sem história. Te dá sono, muito sono. Os diálogos se resumem em: “Eu vou morrer pai” “Fique calma filha, eu te amo”. Sem contar que a cena do “beijo zumbi” foi uma das coisas mais toscas que vi nos últimos tempos. E olha que eu já assisti aquele filme que o Schwarzenegger fica gravido...

É um filme de fim de carreira. Claro que não vai manchar o currículo do Schwarzenegger, mas, sinceramente, não precisava.

Ficha técnica:

Nome original: Maggie
Ano: 2015
Atores principais: Arnold Schwarzenegger e Abigail Breslin
Diretor: Henry Hobson
Duração: 1h35

Origem: EUA/Suiça

Trailer:

Um comentário:

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