"Pense num dia qualquer, e o subtraia, e veja que, sem ele, sua vida teria um rumo inteiramente diferente. Faça uma pausa, você que lê estas palavras, e, por um momento, pense na imensa corrente de ferro ou de ouro, de espinhos ou flores, que talvez jamais o tivesse encadeado, não fosse a formação do primeiro elo de um dia memorável." (Charles Dickens).

domingo, 26 de julho de 2015

Faça coisas boas, e coisas boas acontecem



“Sabe aquele tipo de cara que não faz nada além de coisas más e ainda se pergunta por que a vida é uma droga? Bem, eu era assim. Toda vez que uma coisa boa me acontecia, uma coisa ruim sempre estava esperando para acontecer. Carma. Foi quando eu percebi que tinha que mudar. Então fiz uma lista de todas as coisas más que tinha feito e, uma por uma, vou compensar todos os meus erros. Estou apenas tentando ser uma pessoa melhor. Meu nome é Earl.”

Essa é a abertura da série americana “My name is Earl” e ela já diz tudo, ou quase tudo, sobre a série. Earl, uma caricatura do cara “malandro”, que faz de tudo para tirar vantagem de qualquer situação, que não tem vergonha em não trabalhar e se sustentar com pequenos roubos e furtos. Ele e seu irmão, Randy, inseparáveis, vivem como nômades, sem residência, sem trabalho e cometendo delitos no condado de Camden, onde são muito conhecidos pelos moradores.

Um dia Earl compra um bilhete de loteria e ganha 100 mil dólares. Eufórico, sai correndo pela rua com o bilhete premiado e é atropelado. Ele acorda no hospital, enfaixado e sem o bilhete. Durante sua recuperação ele conhece, através da TV, o Carma. Mesmo confuso sobre o que é Carma e quem o criou, ele coloca uma coisa em mente: faça coisas boas e coisas boas acontecem. Ao sair do hospital, decide fazer uma lista de todas as coisas ruins que já fez (a lista é enorme) e compensar por cada uma delas. Ele começa juntando lixo do chão, para compensar o item 136: “Eu jogava lixo no chão”. Seu irmão, o Randy, não gosta da ideia e tenta convencer Earl para deixar a lista de lado. Enquanto ele recolhe o lixo do chão, encontra o bilhete premiado que havia perdido no acidente. Convicto que aquilo foi um sinal do Carma, Earl pega o dinheiro do prêmio e se dedica exclusivamente em realizar os itens da lista.

A partir daí, os episódios da série se baseiam em Earl concertando o que já fez de errado. Mas não é tão simples assim. Na maioria das vezes ele se depara com situações muito complicadas ou cômicas. Tem vezes que ele concerta um item, mas acrescenta outros na lista. Como, por exemplo, o item 112: “Deixar Donny Jones cumprir pena por um crime que eu cometi”, se torna muito difícil e delicado.

Mas a série não é baseada apenas em Earl. O irmão dele, Randy, também é destaque. Com certo tipo de déficit de atenção, Randy é o típico palhaço da turma. Com uma mentalidade infantil em um corpo de adulto, ele acompanha Earl em todos os lugares e faz tudo que o irmão manda. Os dois formam uma dupla que eu considero uma das melhores e mais divertidas do mundo das séries de TV.

Além dos irmãos, a série explora muito a ex mulher de Earl, Joy, o atual marido dela o “Crab Man” e a camareira do motel onde eles moram, a Catalina. Outros personagens com o tempo se tornam corriqueiros também, como, por exemplo, os pais de Earl.

O humor de "My name is Earl" é diferente do humor das atuais séries do gênero. Me lembra muito o "Chaves". É ao mesmo tempo malicioso e inocente. Tem piadas que só os adultos entenderão, e outras que toda a família poderá dar risada. É um seriado diferenciado.

Ficha:

Título original: My name is Earl
Estreia: 2006
Gênero: comédia
Duração por episódio: 20 min
Origem: EUA
Elenco principal: Jason Lee (Earl); Ethan Suplee (Randy); Eddie Steeples (Crab Man); Jaime Pressly (Joy); Nadine Velazquez (Catalina).
Número de temporadas: 4.  


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